Historicamente a sociedade humana sempre esteve envolvida em processos negociais. Tais processos surgem da necessidade de se impor limites às pretensões que são impostas por terceiros, quando em confronto com as nossas. A isso chamamos de conflitos.
Desde que o homem nasce, ele está naturalmente envolto em conflitos. Seja dentro de casa, seja em suas andanças pelo mundo, ele caminha entrando e saindo de conflitos, por isso houve a necessidade de se estabelecerem leis e métodos para a resolução dessas adversidades, pois, caso contrário, a sociedade, como a conhecemos hoje, ainda estaria na época o “dente por dente, olho por olho”. Desse modo, o direito devidamente regulamentado é necessariamente estrada pela qual as demandas com interesses opostos devem percorrer.
Como conflitar é inerente ao ser humano, todas as searas do direito não estão livres dessa possibilidade, muito menos o direito do trabalho, quiçá onde talvez ocorrem a maioria deles, pois envolvem duas classes historicamente antagônicas: empregadores e trabalhadores.
Na melhor lição de Mangano: “Conflitos trabalhistas é definido como uma relação de divergência entre grupos de empregadores ou empregador contra um grupo de trabalhadores ou trabalhador, que tem como objetivo controvérsia a realização de interesses decorrentes da relação de trabalho”.
Essa relação pode também acontecer envolvendo não apenas um grupo de trabalhadores, mas também grupos de empregadores e tomadores de serviços e a isso chamamos de conflitos coletivos. O importante, no entanto, é que o processo que envolve uma negociação nunca deve ser tomado de forma precipitada, pois o negociador tem sempre que estar atento a todos os aspectos daquilo que procura obter para si ou para a sua coletividade.
Vê-se, então, que a negociação é um procedimento inerente ao ser humano, natural do homem para tentar solucionar um conflito. Ao oferecer o serviço de negociação, terceiros não interferem nas propostas das partes envolvidas. Somente oferecem meios para que essas propostas sejam levadas para a parte contrária de uma forma mais fácil.
Portanto, negociar, faz parte das relações humanas desde as épocas mais remotas. Uma prática utilizada para solucionar conflitos de naturezas diversas, entre elas questões pessoais, profissionais, políticos, comerciais, diplomáticas, institucionais, gerenciais, jurídicas, trabalhistas, de libertação de reféns, etc.Confira a publicação completa