Debate sobre revisão da jornada é oportunidade para recalibrar condições laborais às novas realidades sociais e econômicas
Ganha destaque o debate sobre a possível abolição da jornada de trabalho 6×1. Caracterizada por seis dias consecutivos de trabalho, seguidos de um dia de descanso, esta escala é utilizada especialmente nos setores de comércio, serviços e turismo. Com jornadas de 8 horas diárias e 44 horas semanais, este modelo tradicional encontra-se sob escrutínio devido à crescente preocupação com o esgotamento físico e mental dos trabalhadores – fatores constatados particularmente após a pandemia de covid-19.
A quarentena e o consequente crescimento do trabalho remoto expuseram a fragilidade do atual modelo, impulsionando fenômenos como o quiet quitting e o crescimento da busca por empregos menos estressantes e mais flexíveis. Esses movimentos são alimentados por uma mudança geracional na visão sobre o mercado de trabalho, com a geração Z priorizando o bem-estar e o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, em detrimento de maior estabilidade e de altos salários.
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